Aumento total, somando-se o que não foi cobrado este ano e o que virá em 2021, pode chegar a 35%, para quem tem plano coletivo.
A Justiça Federal de Brasília negou o pedido de liminar, feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), para que fosse suspensa a recomposição dos reajustes dos planos de saúde - que serão cobradas a partir de janeiro. A entidade, que ingressou com ação no último dia 21, pedia a proibição das cobranças, referentes aos aumentos deste ano, então suspensos, até que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) esclarecesse os fundamentos da medida e abrisse espaço para a participação dos consumidores na medida. O Instituto informou que irá recorrer da decisão.
A recomposição será cobrada de todos os usuários de planos de saúde que tiveram os aumentos suspensos entre setembro e dezembro deste ano, por conta da crise causada pela pandemia da Covid-19. A previsão é que o pagamento ocorra em doze parcelas ao longo do próximo ano.
Levantamento do UOL, divulgado hoje (28), prevê um reajuste total de 35% para os planos de saúde coletivos, que abarcam 81% dos usuários de todo o país. Para quem possui plano individual, o estudo aponta um acréscimo acumulado de 18,9%. O cálculo leva em consideração a soma das cobranças retroativas, que já chegarão em janeiro, com o reajuste anual de 2021, que costuma ser aplicado no mês de aniversário do contrato.
Enquanto isso, o lucro das operadoras, ao longo da pandemia, foi de quase R$ 30 bilhões, entre março e setembro, de acordo com último boletim divulgado pela ANS. No referido período as empresas receberam dos usuários R$ 101,3 bilhões e repassaram aos hospitais e clínicas R$ 71,5 bilhões. O alto lucro se deve aos cancelamentos e adiamentos de serviços médicos em decorrência da pandemia.
Assessoria de Imprensa Aduseps
Com informações do UOl / Idec / Gazetaweb
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